quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Fechamento jan/18

Carteira rendeu +3.2% no mês.



Este mês o Ibovespa arrebentou com tudo subindo incríveis 11,1%, registrando a maior alta mensal desde que comecei a fechar minha cota diariamente em jan/17. Minha carteira de ações até acompanhou esta alta, no entanto, como o restante do portfólio representa cerca de 56%, perdi de lavada para o índice. O IFIX teve boa performance e valorizou +2,6% no mês. O CDI líquido ficou com +0,5%.

As criptomoedas, após toda a euforia do segundo semestre de 2017, enfim caíram, e caíram forte. Jan/18 foi o pior mês do Bitcoin nos últimos 4 anos. Isto fez com que o portfólio ficasse com o freio de mão puxado. Porém, como realizei muitas vendas durante a fase euforia, reduzindo sobremaneira a exposição do portfólio nesta classe de ativo durante a alta nos preços, o impacto desta queda na minha cota foi bastante minimizado.



Na alocação do portfólio, houve aumento em Ações em virtude de compras realizadas e de aumento nos preços. FIIs ficaram praticamente estáveis. Houve leve aumento de posição em Renda Fixa ocasionado por compras. Criptomoedas sofreram redução devido às quedas nos preços.

Alocação vs. Tempo

Na Carteira de Ações, a média de variação foi de +9,5% diante de +11.1% do IBOV. Apenas 30% dos papéis foram melhor que o IBOV. O pior desempenho ficou por conta de TAEE11, com -5,6%. A melhor performance ficou com UNIP6, que teve espetaculares +34,6%. As rentabilidades consideram proventos.


Performance Carteira de Ações - jan/18

A Carteira de Ações terminou o mês assim:


Alocação Carteira de Ações - 31/jan/18

Na Carteira de FIIs, a média de variação foi de +3,4% diante de +2,6% do IFIX. 60% dos papéis renderam acima do IFIX. O pior desempenho ficou por conta de VRTA11, que rendeu -0,2%. A melhor performance ficou por conta de GRLV11, com +7,0%. As rentabilidades consideram proventos.

Performance Carteira FII - jan/18

A Carteira de FIIs terminou o mês assim:


Alocação Carteira FII - 31/jan/18

Na Carteira de Criptomoedas, apenas o Ethereum (ETH) fechou o mês no azul, no entanto, como o Bitcoin (BTC) representa mais de 75% desta carteira, a alta de 42,1% do ETH serviu apenas para amenizar as perdas.

Performance Carteira Cripto - jan/18

A composição da Carteira de Criptomoedas terminou o mês assim:

Alocação Carteira Cripto - 31/jan/18

Operações do mês

Vendas: Reduzi pela metade a posição em ETH no início do mês. Também realizei uma pequena venda de LTFs apenas para arredondar lotes numa compra de ações.

Compras: Em Ações, aumentei levemente posição em TIET11. Não houve compras em FIIs. Em Renda Fixa foram adquiridas LFTs do Tesouro. Aumentei levemente a posição em Bitcoin após a queda. Os recursos para as aquisições vieram das vendas, rendimentos, dividendos e aporte, nesta ordem de magnitude.

Próximos passos

Estou subalocado apenas em Renda Fixa e em Criptomoedas em virtude de vendas e subsequente queda. Os aportes e fluxo de caixa do mês de fev/18 deverão ir para estas classes caso os preços permaneçam nesta faixa.

Tenho algumas posições em ações com preço se aproximando do objetivo. Caso alguma posição seja alienada, deverei substituir a empresa vendida por outra que eu julgue mais barata e que aumente meu fluxo anual de dividendos.

Abraço,
Bons investimentos!

Importante: Este blog não recomenda compra de quaisquer ativos citados.

Página do SER

Excelente fonte de informações: http://www.fundamentus.com.br/pagina_do_ser/

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Retorno Real Ibovespa [1968-2017]

Hoje atualizei minha planilha que mede o retorno real do Ibovespa desde a sua fundação.

O estudo conta com resolução diária no dados. Para tal, as variações diárias do IGP (período de 1968 a 1979) e do IPCA (1980-2017) foram consideradas contantes dentro de cada ano. Os gráficos a seguir estão em escala logarítmica.


O Ibovespa fechou o ano de 2017 acumulando 4.895,5% de ganho real desde sua fundação em 01/01/1968, o que equivale a 8,1% a.a. Em 2016 o índice havia terminado o ano com 3.954,1%, ou 7,8% a.a.

Abaixo segue o gráfico convertido para pontos para que possamos visualizar melhor a equivalência dos fechamentos passados em relação aos preços de 31/12/2017.


Em termos nominais, o Ibovespa fechou 2017 em seu topo histórico. Entretanto, em termos reais, o topo histórico do Ibovespa está em 20/05/2008, quando sua pontuação de fechamento, em preços de 31/12/2017, é de 128.435 pontos. Ou seja, para o Ibovespa superar em termos reais sua pontuação de 20/05/2008 o índice precisa de uma valorização real de 68%.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Valor do dólar: 1800-2015

IBOV vs. Itaúsa no longo prazo

O estudo abaixo visa demonstrar como uma ação que tem bons fundamentos e é, ao mesmo tempo, fortemente correlacionada ao Ibovespa se descola do mesmo conforme o tempo passa, comprovando a tese de que o Investimento em Valor premia com rentabilidades excepcionais os investidores pacientes que permanecem sócios de boas empresas por longos períodos de tempo.

A ação escolhida para o estudo foi a preferencial da Itaúsa (ITSA4), pois o papel possui forte correlação com o Ibovespa e alta liquidez, ao mesmo tempo em que possui fundamentos acima da média da empresas que compõem o índice. É quase um consenso entre os investidores de valor que a Itaúsa é uma empresa excelente.

Foram escolhidos gráficos comparativos de performances percentuais do retorno total -- dividendos inclusos -- nos períodos de 3 meses, 6 meses, 1 ano, 5 anos e 17 anos (lembro que no cálculo do Ibovespa os dividendos são considerados). É bastante visível a correlação entre a ação e o índice. Um cai, o outro cai. Um sobe, o outro sobe. No entanto, conforme os anos passam, notamos que aos poucos a ação passa a se descolar do índice pelo fato de, na média, cair sempre menos e subir sempre mais. Quanto maior o período, maior é a boca de jacaré que surge no gráfico.

3 MESES


ITSA4 vs. IBOV - 3 meses

No período de 3 meses, a vantagem de ITSA4 foi de 3% em relação ao índice. Não é grande coisa, certo?

6 MESES

ITSA4 vs. IBOV - 6 meses

Em 6 meses, a vantagem de ITSA4 em relação ao índice passa para 9%. Ainda não é grande coisa, certo? Vamos ao próximo.

1 ANO

ITSA4 vs. IBOV - 1 ano

Em 1 ano, a vantagem passa para 13%.

5 ANOS

ITSA4 vs. IBOV - 5 anos

Em 5 anos, ITSA4 fica com vantagem de 89% em relação ao IBOV. Uma senhora diferença, não? Mas calma. Isto não é nada.

17 ANOS

ITSA4 vs. IBOV - 17 anos

Em 17 anos, o IBOV vira praticamente uma linha horizontal no gráfico comparativo. O retorno de ITSA4 no período teve uma vantagem de 12.008% em relação ao Ibovespa. Em termos anuais e nominais, Itaúsa rendeu sensacionais 33% a.a. para seus acionistas, diante de  9% a.a. do Ibovespa.

CONCLUSÃO

Este pequeno estudo não significa que Itaúsa continuará rendendo 33% a.a. para seus acionistas, pois é claro que rentabilidades passadas não significam rentabilidades futuras. A empresa viveu nos últimos 17 um período de crescimento que pode ser bastante difícil de replicar, tendo em vista que a companhia ficou muito grande e isto limita tal possibilidade.

A lição mais importante que podemos tirar disto é que não importa o tamanho da empresa nem se ela está fortemente correlacionada ao Ibovespa. No longo prazo os bons fundamentos falam alto e premiam generosamente os investidores pacientes que se mantém calmos durante as oscilações malucas do curto prazo e possuem uma carteira de boas empresas.

Jesse Livermore ficou conhecido pelo trading. Então, ninguém melhor que ele para dizer uma das melhores frases anti-trading que conheço:

Money is made by sitting, not trading.

Penso que o maior desafio não é saber para onde vai o mercado no curto prazo, mas saber onde estar "sentado". Baseado nisto, penso que os esforços devem estar sempre voltados para análises bottom-up que visam à identificação, com uma boa margem de acerto, das melhores empresas listadas, pois o longo prazo comprova que os problemas ocasionados pela política e pelo vai-e-vem dos preços de commodities, da taxa de juros, etc. -- foco das análises top-down -- não são páreo para as boas empresas em longos períodos de tempo.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Compra

Aumentei posição de TIET11 em 12% na cotação de 12,69. Papel foi para 10% da Carteira de Ações, 5% da Renda Variável, 4% do portfólio. Para pagar, JSCPs de FESA4 e pequena venda de LFTs para fins de arredondamento de lote.

Compra

Aumentei posição de Bitcoin em 4% na cotação de 38.000,00. Posição da criptomoeda no portfólio foi de 6,2% para 6,4%. Peso da classe foi de 8,1% para 8,3%. Para pagar, aporte de 0,2% das cotas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sobre a direção dos preços no curto prazo e o meu comportamento em relação a isto

Vejo muitos investidores sempre preocupados com a direção dos preços no curto prazo. Nunca perdem a oportunidade de perguntar para os outros se vai subir ou cair, como se alguma dessas pessoas pudessem, de fato, prever o futuro.

Ninguém está apto a prever o futuro. Logo, preocupar-se com isto é gastar vela com defunto ruim. Em vez disso, penso que devemos direcionar nosso esforço mental para a elaboração de uma boa estratégia que contemple os únicos três cenários possíveis: cair, subir e ficar de lado.

Uma vez que ninguém pode prever o futuro, não faz sentido basear decisões de compra e venda nestas previsões na tentativa de antecipar movimentos do mercado e lucrar com isto. Quem faz isto pode até acertar de vez em quando, mas numa amostra mais numerosa provavelmente a pessoa descobrirá que teria sido melhor nada ter feito.

Para fugir destas angústias desnecessárias e improdutivas sobre o curto prazo, eu estabeleço critérios para tomar minhas atitudes e deixo o mercado decidir quando as tomarei. Tanto faz a direção dos preços no curto prazo. Relaxo, aproveito o passeio e vou fazendo o que minha estratégia mandar conforme os preços variam. Tirar das costas o peso que a preocupação com o curto prazo causa é uma benção e deve até fazer um bem danado à saúde. Minhas únicas preocupações se resumem no estudo dos fundamentos e das perspectivas dos ativos que tenho em carteira e dos que poderia ter. As únicas decisões que cabem a mim são derivadas destes estudos e é binária: vale posição ou não. Se vou iniciar, aumentar, manter, reduzir ou zerar, o mercado comunicará isto para mim através dos critérios pré-estabelecidos.

Bem. É importante dizer que isto não é ciência de foguete e eu não estou aqui para ditar regras. Resumirei o procedimento que utilizo para estabelecer meus critérios de compra e venda, os quais me atendem satisfatoriamente. Se o leitor achar uma boa ideia incorporar algumas das minhas práticas, OK. Se achar perda de tempo, OK também.

Uma coisa que funciona consistentemente neste ramo é utilizar critérios baseados em alocação. Gosto. Para me beneficiar disto, tenho pesos alvo definidos para as classes de ativo. Na maior parte do tempo, deixo estes pesos fixos. Mexer na alocação é exceção. Falarei mais delas num tópico adiante.

CRITÉRIOS DE COMPRA

Definidas as alocações alvo para cada classe de ativo, também defino alvos para cada ativo dentro de sua classe. Então persigo as alocações pretendidas através do direcionamento do caixa -- seja ele formado por aporte, dividendos, rendimentos ou eventuais vendas -- para as classes que estão abaixo do peso. Então, dentro da(s) classe(s) contemplada(s), busco novamente comprar os ativos que estão abaixo do peso, caso ainda estejam com preços atrativos para compra. Estes preços máximos a pagar vêm da análise de valor que faço individualmente para cada ativo.

CRITÉRIOS DE VENDA

Para vender ativos de classes como Renda Fixa ou Criptomoedas, meus critérios são também baseados na alocação. Simples. Ficou tantos porcento acima do alvo, vendo o excedente e faço caixa.

Para FIIs e ações, meus critérios de venda não são baseados em alocação.

Para FIIs, na verdade, meu critério é não vender. Minha estratégia para FIIs é a do só compro. Quando estão acima do peso definido, rebalanceio através de compras nas outras classes. Voltaria a comprar FIIs quando estes sofrerem alguma boa queda em suas cotas, o que abriria espaço na alocação para compras relevantes. O motivo para que eu não venda FIIs está relacionado ao fato destes ativos gerarem caixa para o portfólio mensalmente. Dou muito valor a isto. Estar sempre com algum caixa para adquirir mais ativos para a carteira é algo que faz muita diferença no longo prazo devido ao efeito capitalização composta que isto traz. Um motivo secundário é a minha aversão por pagar Imposto de Renda, visto que os FIIs não possuem isenção para vendas abaixo de R$ 20 mil no mês e a alíquota é de pesados 20%.

Para ações, a coisa é muito mais difícil. Quando iniciante ouvia muito isso dos mais experientes e hoje sinto na pele a verdade desta sentença. Atualmente, meu critério para vendas de ações é puramente definido pela análise de valor, pois acredito que não faz sentido vender algo só porque ficou acima do peso. Às vezes a posição em determinada ação está acima do peso alvo, porém se o preço está barato deixo rolar. Sequer fatio. O que faço é apenas parar de comprar. Uma venda nessas condições pode ser uma péssima decisão, pois pode fazer você ficar de fora de belos movimentos de alta. Logo, vendo ações em apenas duas ocasiões: quando preços sobem demais e entendo que o ativo está caro, realocando os recursos em outra empresa -- caso exista alguma alternativa com um dividend yield melhor ou com melhores probabilidades de valorização -- ou quando as premissas e fundamentos que me fizeram investir naquela empresa pioram sobremaneira.

EXCEÇÕES

Os critérios citados acima são regras que sigo para tornar a gestão da carteira desprovida de atitudes emocionais. Desde que passei a agir assim, o número de decisões acertadas aumentou muito. Entretanto, quase toda regra tem suas exceções. Não quero dizer que a exceção seria deixar o emocional agir. Em 99% do tempo é possível navegar bem com tais regras, mas há momentos em que é desejável tomar atitudes mais rápidas que, apesar de fugirem das regras, também são racionais.

Pânicos e fortes quedas no mercado -- dure dias, meses ou anos -- sempre acontecerão. Quando os ativos de Renda Variável entram em promoções imperdíveis, deixo as regras de lado para aproveitar com veemência os preços baixos. Em quedas fortes e generalizadas costumo fazer compras firmes nos papéis das melhores empresas, seja como aumentos ou inícios de posição, utilizando fatias mais generosas das reservas que mantenho em Renda Fixa de boa liquidez.

Apesar das regras de alocação também funcionarem nestes cenários -- pois a queda na Renda Variável faz o portfólio ficar sobrealocado em Renda Fixa -- vejo com bons olhos o envio de fatias mais parrudas (em vez de enviar apenas o excedente) da Renda Fixa para a Renda Variável durante períodos de pânico nos mercados.

Se, após utilizada a totalidade da Renda Fixa para comprar ações e/ou FIIs nas baixas, as promoções persistem, mantenho-me firme nas compras utilizando rendimentos, dividendos e aportes. Quando os preços enfim sobem e deixam de ser barganhas, passo a direcionar o caixa do portfólio para Renda Fixa, visando à recomposição das reservas utilizadas.

SOBRE O MOMENTO ATUAL DA BOLSA

Voltando ao início do artigo, sobre os investidores aflitos com a direção dos preços no curto prazo, vi até mesmo pessoas vendendo toda a carteira de ações apenas porque acham que a bolsa ‘subiu demais’, ‘prevendo’ uma queda iminente. Esta é uma atitude bastante arriscada.

Considero que, mesmo após as recentes altas das ações, é perfeitamente possível montar uma carteira com 10 ações de boas empresas que não estejam caras. Claro, não há barganhas, mas isto não significa que há uma queda iminente. Não devemos ter medo de bull markets. Se quisermos ser investidores bem sucedidos no longo prazo, devemos participar de bull markets em sua integralidade.

O Ibovespa está renovando suas máximas históricas em termos nominais, no entanto o topo histórico em termos reais está em torno de 120.000 pontos. Estou satisfeito com os dividendos que minha carteira de ações produz e a média ponderada do índice preço-lucro (P/L) da carteira está em 10,2. Vou deixar rolar, eventualmente trocando alguma empresa que suba demais e se torne cara por outra mais atrativa, caso eu encontre estas possibilidades. Na falta de alternativas atraentes em Renda Variável, devo passar a destinar recursos para a Renda Fixa, mesmo que esta já esteja acima do peso pretendido.

Eu não faço ideia para onde irão os preços no curto/médio prazo. Confio nas empresas e FIIs que possuo. Se o mercado cair, será um prazer aumentar posição nestes papéis. Se subir, também está ótimo. É como diz uma frase de um investidor que não me lembro do nome no momento:

Quando o mercado cai, aproveitamos para comprar barganhas. Quando sobe, estamos ricos.

Sua carteira de investimentos não deve ser motivo de angústia e preocupação constante. Pelo contrário. Devemos investir para ter cada vez mais tranquilidade e prosperidade. Tenha boas empresas e fundos em carteira, faça uma gestão racionalmente criteriosa e curta a viagem.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Compra

Aumentei posição de Renda Fixa em 6%. Comprei LFTs. Alocação em RF foi de 5,5% para 5,8% do portfólio. Para pagar, JSCPs de TAEE11 e TIET11, dividendos de ITSA4 e rendimentos dos FIIs.

sábado, 13 de janeiro de 2018

O prêmio small-cap após mercados de baixa


Historicamente, small-caps se valorizam mais logo após o início de bull markets. Mas nos últimos anos de alta, big-caps tendem a subir mais.

Os dados são das bolsas estadunidenses, porém o mesmo comportamento é observado na nossa querida Bovespa, agora B3. Já temos dezenas de small-caps com valorizações de 3 dígitos percentuais desde o fundo de 2016. Após as baixas de 2002 e de 2008 ocorreu o mesmo.

Se o bull market iniciado em 2016 persistir, logo teremos várias small-caps com valorizações de 4 dígitos percentuais.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Performance Real - dez/17

Hoje foi divulgado IPCA de 0,44% para dez/17. Portfólio teve retorno real de +5,6% no mês. IBOV e IFIX tiveram retornos reais de +5,7% e +0,2%, respectivamente. Quem investiu no CDI em dezembro não ganhou dinheiro. A rentabilidade foi consumida integralmente pelo IR e pelo IPCA. A performance real do CDI líquido foi de pífios +0,02% no mês, tecnicamente zero.


Performance real dez-17, IPCA do período: 0,44%

Em 2017, o IPCA foi de +2,9%. Carteira teve com retorno real de +51,5% no período. IBOV e IFIX tiveram retornos reais de +23,2 e +16,0%, respectivamente. O CDI real líquido em 2017 foi de +5,4%.


Performance real 2017, IPCA do período: 2,95%

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

​Ainda sobre concentração

O sujeito acerta um investimento e se sente burro por não ter concentrado. Aí pensa "bom... na próxima oportunidade destas eu vou concentrar... Não vou cometer o mesmo erro..." Então a oportunidade chega e, como toda oportunidade, o fato do ativo estar com o 'preço errado' vem acompanhado de nebulosidade e incerteza. Se não houvesse incerteza, não haveria desconto. Aí o sujeito faz a análise diligente e decide que os ​odds ​são favoráveis. Igualzinho naquele outro que ele acertou. Então, para não cometer o "erro" da última vez, ele concentra. Aí algo que não estava no ​script ​acontece e, na verdade, o que parecia barato agora ficou caro devido aos imprevistos - nunca se esqueça que estamos na selva Brasil.

Pronto. Deu merda e o sujeito que estava achando que ia dar a tacada da vida perde 50% do patrimônio e anos de trabalho. Lembre-se que a tristeza da perda é sempre maior que a alegria do ganho. E o prejuízo psicológico é muitas vezes ainda maior e mais danoso que o financeiro.

Logo, penso que arrepender-se por não ter concentrado em determinado investimento que deu certo é um pensamento ruim e infrutífero que, se não for abafado pela razão e pela lógica, pode fazer a gente correr riscos desnecessários no futuro. Devemos estar sempre satisfeitos por ter acertado um investimento, seja com 1% da carteira ou com 20%.

Controle de risco nunca é um erro, exceto se você diversificar exageradamente. Estudos demonstram que a partir de 10 ativos a curva de risco passa a cair muito pouco. Então é racional focar nas melhores oportunidades. Penso que este seria o ponto ótimo entre diversificação e concentração. Não menos que 5 ativos, não mais que 15.

Lembre-se que no longo prazo os campeões são os caras que vão comendo pelas beiradas, devagar e sempre, sempre ali nos segundos quartis anuais. Geralmente, os caras que estavam se gabando de estar nos primeiros quartis de curto prazo vão ficando pelo caminho. Então o cara que estava ali quietinho nos segundos quartis de curto prazo passa para os primeiros nos de longo prazo, e de lá não sai mais.

Nos investimentos é melhor ganhar uma maratona do que uma corrida de 100 metros.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Ken Fisher sobre teoria vs. prática nos investimentos

Um MBA te ajuda a ser um investidor melhor? E um CFA? Os professores de finanças são ótimos investidores?

Em campos como medicina, engenharia e direito, escolaridade é fundamental. Mas em investimento são outros quinhentos. Alguns dos maiores investidores tiveram pouco ou nenhum treinamento formal. E alguns dos maiores pensadores e teóricos eram absolutamente péssimos investidores.

Investimento é algo que você aprende mais fazendo do que lendo. [...] Você pode ir para uma escola de investimentos se quiser, mas as teorias dos livros-texto por si só não te levarão a lugar algum. [...] O sucesso vem do aprendizado com seus próprios erros. Entendendo suas tendências comportamentais para superar seus próprios grandes inimigos: suas emoções e vieses cognitivos. Estudando o mundo de verdade com tempo e dinheiro de verdade. Às vezes a realidade bate com a teoria. Mas, frequentemente, não.

Sobre concentração e controle de risco

Olhar no retrovisor e descobrir que teria sido bom concentrar é uma coisa. Saber no que concentrar agora é outra. Antes do investimento "dar certo" o clima é de incerteza, tanto para você quanto para a comunidade financeira. Não fosse isso, não haveria desconto no preço pois se a possibilidade de "dar certo" fosse tão evidente a ponto de justificar uma concentração, isto já estaria precificado e o potencial de valorização seria muito menor.

O cérebro é sacana. Ele te chama de burro por não ter concentrado naquele investimento que você acertou. Naquele que você errou ele te chama de burro de novo por sequer ter aberto posição, mesmo que pequena. Mas na verdade, controlar o risco é algo inteligente, pois isso te manterá vivo. Na arte de investir, para ser um vencedor basta permanecer vivo e não perder dinheiro. A capitalização composta fará o trabalho pesado.

É do couro que sai a tira. Não há moleza no mercado. Quer ganhar bastante dinheiro nas suas escolhas corretas? Cresça sempre para que a fatia percentual máxima dedicada a um ativo seja, em termos absolutos, cada vez maior.

Compra

Aumentei posição de Renda Fixa em 21%. Alocação em RF foi de 4,5% para 5,5% do portfólio. Comprei cotas de Fundo de Investimento DI pós-fixado de liquidez imediata. Para pagar, caixa gerado pela venda de ETH.



domingo, 7 de janeiro de 2018

Venda

Vendi metade da posição em Ethereum (ETH). A venda gerou um caixa de 1% do portfólio. Posição na criptomoeda foi reduzida para também 1% do portfólio.

Bolha ou adoção de inovação tecnológica?

Valor de mercado das criptomoedas (US$)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Fechamento 2017

Em 2017 a cota do meu portfólio valorizou 56%. Consegui superar IBOV, IFIX e CDI líquido. Excedi o IBOV em 29%, o IFIX em 37% e o CDI líquido em 47%.

Performance 2017

O fluxo de caixa gerado pelo portfólio em 2017 foi 60% superior ao gerado em 2016. O caixa acumulado gerado por rendimentos, dividendos e juros desde nov/13 representa 14% do valor de mercado atual do portfólio. No gráfico abaixo é possível verificar o efeito da capitalização composta no fluxo de caixa acumulado.

Fluxo de Caixa Acumulado vs. Valor Atual do Portfólio

2017, assim como 2016, foi um excelente ano para o investimento em Renda Variável. Todos que souberam plantar suas sementes durante a crise estão tendo colheita farta. Saber plantar é, e continuará sendo, o maior desafio pra quem investe em Renda Variável. Os melhores momentos são aqueles nos quais a comunidade financeira está pessimista com o futuro e, baseada nisto, vende excelentes ativos a preços módicos. Para se beneficiar disto o investidor precisa se ater aos fundamentos e agir com coragem, estendendo a mão aos pessimistas que querem se desfazer de suas posições.

Agora está tudo bem, mas outras crises virão. Eu não faço a mínima ideia do que acontecerá em 2018 nos mercados. Pode cair, subir ou ficar de lado. Sigo com tranquilidade e sem me importar com a direção dos preços no curto prazo, prestando atenção nos fundamentos dos ativos em carteira e na alocação entre as classes de ativos, direcionando o fluxo de caixa do portfólio, aportes e eventuais vendas para as oportunidades nas classes cujos pesos estão abaixo do alvo.

Penso que o sucesso no longo prazo é construído com poucas operações e muito aprendizado, tanto com os próprios erros quanto com os alheios. Operar e olhar o mercado o tempo todo dificilmente fará a sua performance melhor. Gaste a maior parte do tempo dedicado aos investimentos lendo. Em temporada de resultados trimestrais, leia releases das empresas que você tem e das que gostaria de ter. Em épocas normais, leia e releia os melhores livros.

Agradeço a todos que acompanham este espaço, em especial aos participantes de um certo fórum do ADVFN, de onde vem grande parte dos acessos deste blog.

Que todos tenham um excelente 2018! Que seja um ano de muito estudo, aprendizado, disciplina, diligência, paciência e amadurecimento. Esta é a base. O sucesso no longo prazo é mero subproduto destas coisas. Por isso, não desejo apenas sucesso, mas aquilo que o causa.

Abraço!

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Fechamento dez/17

Carteira rendeu +6,1% no mês.



Portfólio performou em linha com o  IBOV, ficando apenas 0,1% abaixo do índice, que fechou dez/17 com +6,2%. O IFIX rendeu +0,6%, levemente acima do CDI líquido que foi de +0,4% no período.


Performance dez/17

A valorização em 2017 fechou em +55,9%. IBOV e IFIX fecharam com +26,9% e +19,4%, respectivamente. O CDI rendeu +8,5%.


Performance 2017

Na alocação do portfólio, criptomoedas sofreram redução de peso devido a rebalanceamentos realizados e a subsequentes quedas nos preços. Houve aumento em Ações e redução em FIIs. A redução em FIIs não ocorreu em virtude de vendas, mas pelo aumento nas demais classes. A alocação em Renda Fixa quintuplicou no período.


Alocação vs. Tempo

Na Carteira de Ações, a média de variação foi de +5,0% diante de +6,2% do IBOV. 80% dos papéis foram pior que o IBOV e 20% ficaram acima. O pior desempenho ficou por conta de UNIP6, com -2,6%. A melhor performance ficou com FESA4, que teve espetaculares +26,8%.


Performance Ações - dez/17

Na Carteira de FIIs, a média de variação foi de -0,7% diante de +0,6% do IFIX. 60% dos papéis ficaram abaixo do IFIX e 40% ficaram acima. O pior desempenho ficou por conta de CTXT11, que rendeu -15,5%, impactando fortemente a rentabilidade desta carteira. A melhor performance ficou por conta de VRTA11, com +5,5%.


Performance FIIs - dez/17

A Carteira de Criptomoedas teve novamente forte valorização, apesar das boas correções ocorridas no final do mês. A maior valorização ficou novamente com o BCH, que rendeu +88,2% no mês. No entanto, 75% desta carteira está concentrada em BTC, que valorizou +31,5% no mês.


Performance Criptomoedas - dez/17 *28/12/17 como data de fechamento

Operações do mês

Vendas: Realizei 4 vendas de BTC e uma de BCH visando rebalancear o portfólio conforme seus preços subiam.

Compras: Em Ações, aumentei posição em UNIP6, ITSA4 e MPLU3. Em FIIs aumentei levemente posição em BCRI11. Em Renda Fixa foram adquiridas cotas de Fundo de Investimento DI e LFTs do Tesouro. Os recursos para as aquisições vieram das vendas, aportes, dividendos e rendimentos, nesta ordem de magnitude.

Abraço,
Bons investimentos!

Importante: Este blog não recomenda compra de quaisquer ativos citados.